Influência do exercício físico sobre o apetite
O exercício físico apresenta um potencial modulador e controlo do apetite, melhorando a sensibilidade do sistema da saciedade fisiológica, ajustando as preferências de macronutrientes ou escolhas alimentares e alterando a resposta hedônica aos alimentos.
O conhecimento da relação entre exercício físico e o apetite é importante tanto para atletas que desejam otimizar o desempenho, quanto para aqueles que desejam manter um peso corporal saudável.
O ambiente obesogênico atual promove a inatividade física e o consumo de alimentos acima das necessidades energéticas, dois importantes fatores de risco modificáveis que influenciam o balanço energético.
A obesidade é uma doença com crescente número de casos, tornando-se imprescindível manter um bom controlo através da ingestão alimentar e consequente prática de exercício físico.
A atividade física habitual tem mostrado impacto não apenas no gasto energético, mas também na ingestão energética por meio de mecanismos de controlo do apetite.
Uma vez que o exercício físico parece levar a alterações no apetite, fome e ingestão de energia, é fundamental perceber o porquê destas alterações.
Por consequência, o exercício físico diminui os níveis de grelina e aumenta os níveis de leptina.
Por denominação, a grelina é a hormona que desempenha um papel único em estimular o apetite e a ingestão de energia. É produzida no estômago, sendo a única das hormonas intestinais capaz de estimular a sensação de fome. Os níveis desta hormona são aumentados com o passar do tempo desde a última refeição, promovendo a ingestão por meio da sua ação em determinadas áreas do cérebro.
Por conseguinte, a leptina é sintetizada pelo tecido adiposo e atua como um importante regulador da ingestão de alimentos e do equilíbrio energético.
Mas, o exercício físico também altera as respostas de certas regiões neuronais após a visualização de alimentos específicos, diminuindo assim o apetite ou a ingestão dos mesmos.
Sabe-se que sessões únicas de exercícios não provocam alterações compensatórias no apetite, na ingestão de alimentos ou nas hormonas reguladoras do apetite no dia que é realizado o exercício, mas é possível que tais mudanças possam ocorrer durante um período prolongado ou em resposta a um nível mais alto do gasto energético.
Quando após a realização de exercício físico não existir um momento compensatório completo do apetite, ocorrerá um balanço energético negativo e conseguinte perda de peso, recordando que existe variabilidade individual na resposta ao exercício físico.
Kristin Beaulieu e colaboradores, numa revisão realizada em 2017, apresentam uma revisão que resume as teorias recente e evidências que sustentam o papel do exercício físico nos mecanismos de controlo do apetite.
Então, quando o exercício físico é classificado em níveis baixos de exercício físico, parece levar a que o apetite seja desregulado existindo uma incompatibilidade entre a ingestão e o gasto energético.
Inversamente, quando os níveis de exercício físico são mais elevados, estes influenciam o controlo do apetite, aumento a vontade de comer por meio de maior gasto energético, no entanto também aumenta a saciedade pós-refeição, permitindo que a ingestão energética corresponda melhor ao gasto de energia em resposta à fome e sinais de saciedade.
Em relação ao impacto do exercício físico no balanço energético, existe a crença de que o exercício físico aumenta a fome e aumenta a ingestão de alimentos, tornando-o fútil como método de controlo de peso, mas de facto, não há evidências de tal efeito imediato ou automático, pois estudos demonstram que homens e mulheres conseguem tolerar saldos de energia negativa após a realização de exercício físico, ainda mais, outros estudos mostram que homens e mulheres não mostraram qualquer alteração na ingestão energética diária.
Por norma, a consequência imediata da prática de exercício físico é a perda de peso, no entanto estes resultados são difíceis de avaliar devido a alterações na composição corporal.
Idealmente, no caso do treino de resistência após o jejum noturno, faria sentido fornecer intervenção nutricional imediata, sob a forma de uma combinação de proteína e hidratos de carbono. Este momento prende-se com o objetivo de promover a síntese de proteína muscular e reduzir a proteólise, ou seja, passar de um estado catabólico a um anabólico e, desta forma verificar-se um aumento na taxa de ganhos de massa muscular.
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Conclusão
Em suma, são necessárias mais evidências no sentido de perceber a interação entre o exercício físico, o controlo do apetite e a composição da dieta no consumo excessivo e no balanço energético.
Fontes:
J E Blundell et al, 2003;
Kristin Beaulieu et al, 2017;
Laura Gómez Escribano et al, 2017;
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